sábado, 23 de maio de 2015

O que é a morte? Seria ela um simples fato ou um objeto complexo?

"Morrer é algo que nós seres humanos fazemos constantemente, não somente ao final de nossa vida física nessa Terra."

- Elisabeth Kübler-Ross


   Durante a história, diversas culturas tentaram retratar sua visão sobre a morte, personificando-a ou deificando-a, para de alguma forma tentar entende-la e explica-la. O morrer em algumas culturas configura-se até como questão de honra.
   
   O conceito básico da morte, ou como podemos chama-la melhor, a morte física, constitui-se como um momento irreversível no qual toda atividade biológica de um corpo, necessária para viver, cessa. No entanto, seria essa a única forma de morte entre nós seres humanos?
   
   A partir do momento em que nos distinguimos de outros animais por possuirmos emoções e raciocínio (lógico e emocional), estes não poderiam se tornar peças fundamentais para compor a existência humana?
   
   A morte pode se configurar de formas distintas, não se limitando apenas ao fator físico, palpável de si mesma. A morte subjetiva pode configurar-se como a existência física, mas não mental/emocional de um indivíduo.
   
   O ser humano, assim como todos animais, possui um instinto de sobrevivência. No entanto, o homem possui um fato que interfere em tal. Em cada um de nós “convive” duas ideias, que ajudam a compor a vida, mas podem vir a se opor: a vontade/motivo de viver X o instinto de sobrevivência.
   
   Aquele que perde sua vontade de viver - podendo ser por exemplo: por um evento em específico no decorrer de sua vida, tornando-se estagnado em seu próprio espaço e tempo, limitando ou até cessando suas relações - estaria entrando em conflito com seu próprio organismo que luta incessantemente para sobreviver. Poderia isto ser considerada uma forma de morte? Ou talvez um morrer gradual?
   
   O que se crê, segundo pensadores/estudiosos, é que a morte vai além de um viés meramente orgânico, e que existe mais de uma faceta para este objeto complexo, seja ela emocional, ou até espiritual, afinal, além do próprio indivíduo, a morte possui um efeito muito mais amplo.

- João Marcos Neves

Um comentário:

  1. Interessante essa abordagem. Sempre vemos morte como algo estritamente físico e esquecemos de abordar outras "mortes". Bom texto, João.

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